Cerimônia Indígena
Cerimônia Indígena

Cerimônia Indígena

O rapaz não se casa logo. A moça sim. Geralmente vive com um marido desde o início da puberdade. Até o nascimento do primeiro filho, o casamento é bastante instável. O rito do casamento indígena pode ser combinado quando os noivos ainda são crianças (akhrairé e mekpriré).

A iniciativa parte dos parentes da menina. Nessa ocasião, um paparuto é levado do grupo doméstico da noiva para o noivo. Tal paparuto é retribuído com um outro pouco tempo depois. A partir de então, todas as vezes que se realiza o rito de Yótyõpi, os grupos domésticos dos noivos (ikajuaré) trocam paparutos entre si. Essa troca de paparutos se faz no rito do Yótyõpi, mesmo depois que os noivos passam a viver juntos, e só cessa quando nasce o primeiro filho.

Isso é o que deve ser feito. Há um rito ligado ao casamento, hoje desaparecido; quando os noivos estavam aptos para coabitar, o noivo era levado pelos habitantes da aldeia – que entoavam um cântico que fazia referência ao jabuti – à casa da noiva; esta o esperava deitada numa esteira do lado de fora da casa.      O rapaz se deitava ao lado dela, estendia o braço esquerd, onde ela descansava a cabeça; e o rapaz passava-lhe o braço direito por cima.

O “padre” dava então conselhos ao casal, lembrando-lhes as obrigações e os aconselhava a não se separarem, pois aqueles que muito se separam perdem a confiançae acabam por não se casarem mais.

Esse rito atualmente não mais se realiza. Atualmente, o noivo simplesmente Passa a morar com a noiva quando esta é considerada apta para as relações sexuais.