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MATRIMÓNIO - O que Deus uniu o homem não separe”.
MATRIMÓNIO - O que Deus uniu o homem não separe”.

Sacramento do Matrimônio

“O que Deus uniu o homem não separe”. (Mt 19,6)

 O matrimônio é um acontecimento com forte densidade humana. O encontro de um homem e de uma mulher, celebrado em vista da fundação da realidade do casal e da família, implica na vivência de experiências humanas fundamentais: amor entrega, capacidade de rasgar a história a dois, a vivência comum de alegrias e tristezas, a chegada dos filhos.

            O matrimônio é o sacramento da vida familiar em Cristo. É o sinal do amor de Deus aos homens. O matrimônio torna claro para o casal o imenso amor de Deus. Seu encontro não foi casual; duas pessoas se encontram, se conhecem e se amam, e resolvem unir-se para vida toda, atendendo ao misterioso chamado do plano de Deus, que destinou homem e mulher para ser instrumento recíproco de salvação, libertação e santificação. A união de duas pessoas, no amor de Cristo, é um passo importante de adesão ao plano de salvação, carinhosamente concebido pelo Pai.

            “O matrimônio tem como centro o amor mútuo entre homem e mulher: mútua entrega de pessoas. Trata-se de um amor eminentemente humano, porque parte de uma pessoa e se dirige a outra pessoa, mediante o afeto enobrecer as expressões do corpo e da lama como elementos e sinais específicos da amizade conjugal e de enriquecê-lo com uma especial dignidade. ( Gs: 48 e 49).

            O sacramento do matrimônio é o sacramento do amor. Fomos Curados pelo amor. Somos portadores do amor e o amor que está em nós deve ser eternizado para outra pessoa. Por amor, duas pessoas desejam se unir e forma um novo lar.

O matrimônio é o encontro de duas pessoas que desejam formar um novo lar. É um encontro repleto de futuro. É a continuação da vida presente de duas pessoas que se amam. O casal humano reflete a imagem de Deus. Não isoladamente, mas homem e mulher unidos no matrimônio. Homem e mulher são semelhantes e ao mesmo tempo diferentes. Não são idênticos, mas são complementares e necessários um ao outro.

            Os cristãos reconhecem no matrimônio um dom sagrado de Deus.

            Ao longo da história, o matrimônio passou por diversas evoluções:

  • Procriação: o objeto do matrimônio era procriar.
  • Remédio para a concupiscência ou para evitar o pecado.
  • Povoar o reino: não se trata de apenas de ter filhos, mas de educá-los na fé a serviço de Deus.
  • Amor mútuo: complementeriedade de dois seres.
  • Amor conjugal: expressão e realização do amor de dois seres que se amam intensamente e constroem uma comunidade de amor.

Segundo o Documento de Medelín, a família tem três papeis fundamentais:

  • Formadora de pessoas: ser o lugar onde há a formação de personalidade integrais na vivência de afeto mútuo, no clima de respeito, confiança e na liberdade.
  • Educadora da fé: o exemplo dos pais leva os filhos a viver plenamente a fé: os pais são testemunhas do evangelho vivo.
  • Promotora do desenvolvimento: é na família que os filhos fazem a experiência de uma sã sociedade humana. É através dela que vão sendo introduzido na sociedade civil para a transformação do mundo.

Segundo o documento de Puebla, a família experimenta quatro relações fundamentais: paternidade, filiação, irmandade e nupcialidade.

O matrimônio cristão é sinal realizador de aceitação em amor para uma comunhão de vida abrangente, nele se realiza amorosa aceitação de Deus com seu povo e de Jesus Cristo para a Igreja.

O matrimônio é lugar de esforço comum, comunicação espiritual e um encontro físico que abrange o ser humano em seu todo. A sacramentalidade do matrimônio significa a aceitação em amor entre seres humanos e representada e realizado a aceitação em amor por parte de Deus. Homem e mulher se casar porque desejam a comunidade de vida.

O Vaticano II afirma que o Matrimônio foi instituído por Deus como aliança para a vida toda. Seu propósito é o bem-estar do casal, a procriação e educação dos filhos> Cristo elevou o matrimônio à dignidade de sacramento.

Para receber o matrimônio, um homem e uma mulher precisam ser batizados e estarem livres para se casarem. Isto significa que não estão sofrendo constrangimento, nem impedidos por nenhuma lei natural ou eclesiástica.          A troca de consentimento prediz o casamento.

Borobio afirma que o matrimônio não é só o estado de vida ou vínculo que resulta do ato de se casar, mas o próprio ato de se casar. O matrimônio do ponto de vista cristão, é ao mesmo tempo, realidade terrena e mistério de salvação, pertence ao mesmo tempo à ordem da criação e à onda da aliança.

O matrimônio é uma realidade querida por Deus, e uma instituição social exigida pela comunidade e uma vocação do homem para sua realização pessoal plena.  O matrimônio é o ligar privilegiado para a realização da inter-relação humana na integridade do ser.

O ato mais perfeito de comunicação é o amor. O amor supõe tanto o cume de uma relacionalidade instaurada com a vida do homem, com o início e a fonte nova, instaurada a partir de compromisso no amor e do começo da vida matrimonial.

O Concílio Vaticano II pretende esclarecer e encorajar os cristãos e todos os homens que façam um esforço no sentido de salvaguardar e promover a dignidade original e o singular valor sagrado do estado matrimonial.

A família é em certo sentido uma escola de enriquecimento humano, para atingir a plenitude de sua vida e de sua missão requer a comunhão de alma no bem querer, a decisão comum dos esposos e a diligente cooperação dos pais na educação dos filhos. Os filhos devem valorizar os valores da família e do matrimônio pelo seu testemunho.

A Exortação Apostólica de João Paulo II: Familiaris Consorotio, de novembro de 1981, salientando como no mundo de hoje a família, ao lado de aspectos positivos, apresenta: sinais de preocupante degradação de alguns valores fundamentais: uma errônea concepção teórica e prática de independência dos cônjuges entre si, as graves ambigüidades acerca do relacionamento de autoridade entre pais e filhos, as dificuldades concretas que a família freqüentemente experimenta na transmissão de valores, o número crescente de divórcios, a praga de aborto, o recurso sempre mais freqüente à esterilização, a instauração de uma verdadeira e própria centralidade contraceptiva.

O decreto Apostolicam Actuositation sublima o dever de manifestar e comprovar como exemplo da própria vida, a indissobilidade e a santidade do vínculo matrimonial; afirma com vigor o direito e o dever que compete, por natureza, aos pais e aos tutores, de educar cristamente a prole, defender a dignidade autonomia da família, colaborando com os homens de boa vontade.

            O matrimônio é o sacramento do amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No matrimônio, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher: é repartida entre o casal e os filhos, e com a comunidade onde vivem. O mais difícil do amor é permanecer firme nele. Só Deus mesmo é capaz de ser, sem defeito, fiel e amoroso. Quando o casal é fiel no amor, é um grande sinal de Deus. Deus está presente no amor do casal. Quem acredita nisso pode casar na Igreja

            O matrimônio é um compromisso (pacto, aliança, contrato) entre homem e mulher, que os une por toda a vida num único destino, ordenado par bem de ambos e para criação e educação dos filhos.

            Os sinais do matrimônio:

  • : o amor dos doisMatéria
  • Eu te recebo como meu marido (minha Mulher) e prometo-te ser fiel, na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te, todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.Forma:
  • Ministros: os noivos (o padre é a testemunha da Igreja, por isso se diz que o padre assiste o casamento).
  •       união indissolúvel de suas pessoas (homem e mulher) no amor de Cristo e para Cristo.Efeitos:
  • Gesto: imposição das mãos.

Conclusão

            O Sacramento do Matrimônio é a união de um homem com uma mulher. O matrimônio é o sacramento da família, da vida familiar com Cristo. É o sacramento que abençoa e consagra o homem e a mulher, num contrato sagrado e indissolúvel, para se amarem, procriarem e educarem seus filhos. Em Jesus, o matrimônio adquire o caráter sacramental, isto é, um sinal sagrado e eficaz de Deus na construção de um novo lar. E tem como finalidade salvífica: santificar os esposos, santificar os filhos, santificar a família. A preparação para o matrimônio não pode se resumir em uma preparação de noivos. por isso é importante e fundamental sentir que a família é a base de tudo, tanta da vida humana, como da vida cristã e eclesial. Somente quando a família for estruturada nos valores humanos sólidos e na fé, dar-se-ão resultados mais eficazes seja para a igreja, como para a sociedade.

            O sacramento do matrimônio é o sacramento da família da vida familiar em Cristo. É o sacramento que abençoa e consagra o homem e a mulher, num contrato sagrado e indissolúvel, para se amarem, procriarem e educarem seus filhos. É a figura viva da união indissolúvel e da fidelidade entre Cristo e a Igreja.

            O sacramento tem como finalidade salvífica de santificar os esposos, santificar os filhos, enfim santificar toda família.

 

Referência Bibliográfica:

 

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo: Loyola 1999.

HARDON, J, A. A fé: Guia baseado no Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 1995.

BOROBIO, Dionísio: a Celebração na Igreja-liturgia e sacramentologia fundamental 1. Tradução: Adail V. Sobral. São Paulo: Loyola. 1990.

CÖDIGO DE DIREITO CANÔNICO. Tradução: CNBB. São Paulo: Loyola. 1983.

MANUAL DE DOGMÁTICA/ editado por Throdor Schneider; elaborado por Bernd Jochem Hilberth. Et al. Tradutores: Ilson Kayser, Luis Marcos Sander, Walter Shlupp. Petrópolis: RJ: Vozes, 2000. Pg: 171-338.

SOUZA, Amarildo Machado. O que são os sacramentos? São Paulo: Paulinas. 1986.

PASTORAL DE INICIAÇÃO CRISTÃ: Secretariado Nacional de Liturgia. Petrópolis: vozes.